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14 de fev. de 2011

A infância de Ronaldo Luís Nazário de Lima

Fonte: Lancenet.com.br

Foi no bairro de Bento Ribeiro, subúrbio na Zona Norte, que o garoto pobre cresceu e ralou em três pequenos clubes cariocas, dois deles de futsal, antes de chegar ao Cruzeiro, em 1993. A reportagem do LANCENET! refez a trajetória de Ronaldo.

A viagem começou na Rua General César Obino, onde ele foi criado. A antiga residência da família de Dadado – apelido concedido pelo irmão mais velho que não sabia falar seu nome – continua lá, no 114. O terreno tem três casas montadas, onde moram seus primos (Fábio, Suzy, Carlos Eduardo e Roger) e tios (Almir e Carlinhos). Não há luxo nem carrões. Só cimento e uma Parati velha.
Segundo vizinhos, os parentes são recatados e não gostam de ostentação. A fama do craque, porém, transforma a residência em ponto turístico. Todos sabem onde Ronaldo morou na infância.A um quilômetro dali, veio a primeira chance no futebol, dada pelo Valqueire Tennis Clube. O palco foi uma quadra de futsal – que está abandonada, com teto esburacado. Na fachada, o orgulho continua: “Aqui iniciou a carreira de Ronaldo (Fenômeno)”.

Mas a quadra do Valqueire ficou pequena. A saída foi se deslocar para o bairro de Ramos. Também com os pés na quadra, destacou-se pelo Social Ramos Clube. A sede, também abandonada, agora vende uma camisa pirata do Corinthians em sua botique.


Não demorou, Dadado foi “convocado” pelo São Cristóvão e teve a primeira chance nos gramados. Claro, correspondeu.

– Não dava para saber que ele seria o que foi, mas dava para ter certeza que era um jogador diferente, que viraria profissional – afirma Renato Alves de Campos, gerente administrativo que trabalha no clube há 49 anos.



Em 1993, Dadado já era Ronaldo. Saiu de Bento Ribeiro para morar em Minas Gerais. E o que aconteceu após a passagem pelo Cruzeiro? Isso não é preciso contar. Todo mundo já sabe...

Confira abaixo um bate-bola exclusivo com o gerente administrativo do São Cristóvão, Renato Alves.

LANCENET!: Na sala de troféus do São Cristóvão, existem objetos relacionados ao atacante Ronaldo. O que são?
Renato Alves: Temos uma camisa autografada por ele, que mandamos para seu escritório. Também temos duas fotos. Uma que mostra ele bem jovem, vestindo nossa camisa, e outra de 2000, quando ele fez uma visita.

LNET!: E o que são esses troféus com esse nome “Fenômeno na bola e 10 na escola”?
R.A. É um torneio que criamos para incentivar a molecada do bairro a jogar futebol, mas sem deixar os estudos. Ronaldo, além de ser ídolo, é considerado o “superação”. Os garotos têm de espelhar na sua luta na carreira.

LNET!: E como foi sua convivência com ele quando esteve por aqui? Como era Ronaldo quando mais jovem?
R.A. Era uma pessoa de fácil convivência, muito quieto, muito tranquilo. Dentro de campo, era tudo normal...

LNET!: Dava para perceber?
R.A. Você olhava para ele e dizia: “É brincadeira!”. Era dois, três, quatro gols nas categorias de base.

LNET!: Não era um jogador normal, né? É isso que disse?
R.A. No estadual, você via que ele era diferente. Não dava para dizer que seria o fenômeno que é, mas que seria um profissional. Isso, sim

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